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[Comparativo] Smart fortwo coupé mhd passion 71cv / Toyota iQ 1.0
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[Comparativo] Smart fortwo coupé mhd passion 71cv / Toyota iQ 1.0
Na Toyota (e em inglês), IQ diz-se “aiqiu”, e é a sigla do automóvel
que é a ideia mais bem concretizada desde o VW Carocha original e do
Mini nascido em 1959. É que o novo Toyota é muito mais que apenas o
legítimo, e verdadeiro, adversário do Smart. É o melhor, e mais capaz,
mini citadino que conhecemos na era actual.
Por fora, tem mais
29 centímetros de comprimento que o Smart, mas por dentro inclui quatro
lugares, ainda que um seja de recurso. Mas já lá vamos. Começando pelo
início. Esta versão de acesso à gama IQ traz sob o pequeno capot os
conhecidos três cilindros do bloco 1.0 da casa nipónica. O fôlego
promete 68 cv e existe com caixa manual de cinco velocidades ou com uma
caixa de variação contínua chamada MultiDrive (15 640 euros).
A
unidade ensaiada era, justamente, a mais barata e sem o extra “pintura
metalizada”, parte dos 12 980 euros. O preço não é de excepção, mas ao
verificar o elevado nível de construção, os nove airbags, o ar
condicionado e controlo de estabilidade de série (entre muitos outros
bens), o valor nem choca. O Smart em “concurso” é o 1.0 de 71 cv com o
recheio Passion e a funcionalidade MHD e isto significa que… o preço
ascende aos 12 693 euros. Na potência e no valor inscrito no cheque
estão empatados. Mas… e no resto? Bem, a começar pelo habitáculo.
Como
já referido, o IQ surpreende tudo e todos ao trazer sempre nove
airbags. São mais três do que, habitualmente, trazem os automóveis de
dois segmentos acima. O Smart traz dois (condutor e passageiro) e só
opcionalmente pode trazer quatro. Na segurança estamos conversados!
Sentamo-nos ao volante e parecem de segmentos distintos. O Smart não
consegue esconder a contenção de espaço, tendo inclusive uma fisionomia
interior controversa: ou se aceita ou não se aprecia.
Já o IQ,
que em largura é incrivelmente amplo, reproduz um habitáculo (na secção
dianteira, claro) que quase nos faz sentir estar num outro segmento. Já
atrás a realidade é diferente. Por trás do condutor raramente irá caber
alguém, só uma criança pequena ou um adulto em sacrifício. Agora, atrás
do passageiro, qualquer pessoa (mesmo de estatura elevada) se sentirá
“Ok”. O banco do passageiro tem larga margem de manobra para avançar
(ficando desfasado do banco do condutor) e assim gera-se uma boa (vá
lá, razoável) área para as pernas deste terceiro elemento.
De
qualquer forma, não é nada impossível, em pequenos trajectos dentro de
cidade, considerar a lotação como “para quatro”. Nesta configuração, a
mala do IQ desaparece. São 32 litros que dão para… bem, para dar uma
ideia o comprimento que sobra equivale à lombada de uma lista
telefónica. Abdicando dos dois lugares, a mala ascende a 238 litros,
havendo uma chapeleira que se pode montar. De qualquer forma, a
configuração mais apetecível é a de três lugares, deixando assim
rebatido apenas o lugar do passageiro atrás do condutor, ficando com
cerca de 120 litros. O Smart vê 220 litros, declarados, mas o nosso
olhar imediato (pouco científico) vê uma bagageira muito contida.
Voltando
ao lugar do condutor, urge analisar a qualidade geral. O Smart é algo
humilde e disfarça ser tão despretensioso ao forrar parte do tablier em
tecido. Já o Toyota, apesar de apenas ter plásticos rijos, revela
materiais bons e uma coesão geral elevada. A sensação é de estar ao
nível do Yaris, em acabamentos, e é justo dizer que em solidez é ainda
mais convincente. Em versatilidade volta a ganhar ao Smart, não só
pelos lugares extra, mas por várias soluções: quatro suportes para
garrafas e um alçapão sob os bancos traseiros, por exemplo. Na lista de
equipamento não fica atrás deste Smart mais recheado e se se optar pelo
IQ² (sim, o nível mais apetrechado chama-se “ao quadrado”) tem-se mesmo
de série ar condicionado automático, sensores de luz/chuva e chave
mãos-livres, entre outros.
Chegando ao departamento dinâmico,
depois de agradados por um habitáculo tão inteligente quão funcional,
há a dizer que houve surpresa ao verificar a forma como o IQ esconde os
três cilindros. Este motor é muito ruidoso no Aygo e bastante audível
no Yaris, mas no mais pequeno Toyota… fica surpreendentemente bem
camuflado, sendo que só em plena carga do acelerador é perceptível tal
presença. De resto, mesmo numa toada de auto-estrada, um patamar acima
daquilo que prometemos à lei, o motor vai sereno e nem o rádio precisa
de ir muito alto. Incrível! Já o Smart tem nos decibéis do motor um dos
maiores defeitos. É que tal como outros parceiros do segmento, o Fortwo
transmite, dentro do habitáculo, um ruído intenso e exagerado. Cansa!
No
nível de conforto, quase se repete a discrepância. O Smart é impiedoso,
excessivamente firme e por vezes quase “aleija”, ao passo que o Toyota
tem um pisar cuidadoso e quase sempre protector do bem-estar, ainda que
milagres não existam e se note por vezes a parca distância entre eixos.
A
travar, o Smart (com melhores pneus) conseguiu melhor performance. É
também mais estável neste exercício até porque beneficia de uma melhor
distribuição de pesos. O IQ tem o controlo de estabilidade sempre
activo e é seguro, evitando embaraços maiores quando trava, mas a
verdade é que é um pouco instável e apoia-se excessivamente à frente,
desrespeitando a trajectória quando trava em apoio, ou perante fortes
travagens.
No acto de recuperar, o Smart vence, até porque, com
caixa automática, coloca sempre a relação mais baixa possível para
retomar o ritmo, o que face a um IQ de caixa manual quase parece
“batota”. De qualquer forma, o IQ demonstra o maior alento, e o facto
de ser mais rápido, ao tirar quase dois segundos ao Fortwo, na
aceleração dos 0 aos 100 km/h. O Toyota tem, porém, uma caixa
excessivamente longa e, por exemplo, em segunda consegue atingir 100
km/h… Não havia necessidade.
Na forma como digere curvas
extra-urbanas mais fechadas, o Toyota é distinto do Smart. Aliás, a
dizer que os comandos ao dispor do Toyota (pedais, direcção e caixa)
estão a anos-luz do que se conhece no segmento. A esta precisão geral,
junta-se uma boa capacidade de curvar depressa. O controlo electrónico
está sempre activo acima dos 50 km/h mas só intervém a sério quando se
está à beira do exagero.
O Smart revela cedo as limitações e
para não haver surpresas de maior até se impõe adaptar a nossa condução
a um estilo... Smart. Ainda assim, pode-se considerar seguro q.b., pela
cidade. É de resto neste ambiente que revela todo o seu propósito. Traz
caixa automática, hill-holder e uma capacidade impar de estacionar em
qualquer lado. Não tem, porém, direcção assistida, e desde que cresceu
20 cm (face ao anterior) raramente consegue estacionar de frente, por
entre carros paralelos ao passeio. Quem nunca o irá fazer é o IQ.
É,
porém, de forma expedita que finta a cidade como quase nenhum. Precisa
de ainda menos espaço que o Smart para fazer inversão de marcha (tem
melhor brecagem) e apesar de neste trabalho o Toyota se ter “esquecido”
da caixa automática, empata com o Smart pela leveza da direcção e
agilidade dos comandos. A terminar, uma palavra de confiança para a
forma como o IQ se contém a pedir mais gasolina, sendo muito poupado. O
Smart até pode ser mais, mas para tal é preciso ter a função MHD sempre
ligada, perdendo (quando desliga o motor) a funcionalidade do ar
condicionado.
Fonte: AHO
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