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[Comparativo] Mitsubishi Colt / Nissan Micra / Suzuki Sw
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[Comparativo] Mitsubishi Colt / Nissan Micra / Suzuki Sw
Vitaminados
Mitsubishi Colt czt /Nissan Micra 160 sr/ Suzuki Swift sport
Pequenos por fora, mas cheios de alma por dentro, Colt CZT, Micra 160 SR e Swift Sport são verdadeiras vitaminas para a classe dos pequenos desportivos.
A chegada do Suzuki Swift Sport é um marco que não pode passar em claro. Em primeiro lugar, por uma questão histórica, já que no final da década de 80, princípios dos anos 90, o então Swift 1.3 GTI conseguiu um sucesso assinalável entre as camadas mais jovens. Em segundo, porque com este regresso a Suzuki dá um passo bem consistente na revitalização dos chamados pequenos desportivos. Um passo que, aliás, já tinha sido dado pela Mitsubishi com o Colt CZT e pela Nissan com o Micra 160 SR.
Apesar de estes três concorrentes procurarem atingir os mesmos objectivos, as armas e soluções que utilizam são diferentes. Enquanto o Micra e o Swift recorrem a motores de 1.6 litros atmosféricos com 110 e 125 CV de potência, respectivamente, que são complementados por outros atributos como a imagem, a habitabilidade ou o preço, no Colt a aposta recai numa unidade sobrealimentada de 1.5 litros com 150 CV, que lhe assegura uma maior vocação desportiva.
Apostando numa imagem agressiva, graças a elementos como a musculatura dos pára-choques, duas saídas de escape cromadas ou as jantes de 17 polegadas, o Swift é claramente aquele que melhor encarna o espírito desportivo.
O Colt revela o seu estilo através do pára-choques dianteiro com grelhas em rede e uns pneus de baixo perfil com jantes de 16 polegadas, enquanto o Micra (ainda mais discreto) resume a sua desportividade ao spoiler traseiro e à grelha dianteira. Seja como for, independentemente dos caminhos escolhidos pelos três, não são estas alterações que ditam a sua competência.
Carroçaria
Imagens sem excessos
Com estruturas de carroçaria reforçadas, o trio apresenta uma qualidade de construção muito aproximada, sem grandes lacunas de acabamentos ou de junções dos painéis. É claro que alguns materiais poderiam ser melhores, mas dado o segmento em causa, não se pode pedir mais.Cenário de igualdade verifica-se também no capítulo da segurança activa: ABS com EBD acompanhado pelos controlos de estabilidade e de tracção.
As dimensões compactas, embora valorizem o design de cada um, acabam por limitá-los tanto na habitabilidade como na capacidade da mala. Um factor que, apesar de ter uma importância relativa , acaba sempre por se tornar útil, principalmente no caso do Micra que é o único a apresentar um valor acima da média (251 litros).
Como compensação, estes dois últimos oferecem uma melhor acessibilidade.
Seguindo a tendência conservadora do exterior, o Micra 160 SR volta a defraudar as expectativas quanto a um interior desportivo – apenas os pedais em alumínio fazem a diferença. Por sua vez, nos habitáculos do Colt CZT e do Swift Sport, o ambiente “racing” é dado, para além dos pedais, por umas “bacquets” desportivas, bem mais envolventes que os quase normalíssimos bancos do Nissan.
Interior
Na senda do Micra
Embora seja o mais pequeno, o Micra detém o maior índice de habitabilidade, com 9234 pontos contra 9134 do Mitsubishi e 9114 do Suzuki. Já na funcionalidade é o Colt que se destaca, em boa parte pelo maior número de espaços para arrumação e devido à regulação longitudinal dos bancos traseiros (o Nissan também dispõe deste sistema), o que permite optar por mais espaço para as pernas dos ocupantes ou maior bagageira.
O Micra volta a marcar pontos na segurança passiva, agora em parceria com o Swift. Ambos têm de série os airbags frontais, laterais e de cortina, enquanto o Colt se fica apenas pelos dois primeiros.
O modelo da Nissan é também o mais confortável graças a uma melhor insonorização e a uma maior suavidade das molas e amortecedores, poupando os ocupantes um pouco mais às irregularidades da estrada.
Se quer emoções fortes, então não vale a pena procurar mais. O Colt é a solução.
Mecânica
A solução CZT
Desenvolvido a partir de um motor utilizado pela marca no Japão, o 1.5 Turbo com intercooler e 16V do CZT oferece 150 CV às 6000 rpm e um binário máximo de 210 Nm às 3500 rpm. Valores respeitáveis para um carro com pouco mais de mil quilos (a relação peso/potência é de 7,5 kg/CV) e que poderiam ser ainda mais substanciais se não estivessem agregados a uma caixa manual de cinco velocidades. Aliás, este é um mal comum aos três modelos, pois pensamos que em qualquer dos casos a adopção de uma caixa de seis velocidades traria outro sabor e rendimento.
O motor do Micra apresenta-se como o mais comedido na potência. Trata-se de um 1.6 litros 16V com 110 CV e um binário de 153 Nm disponível às 4400 rpm. Agradável de utilizar, peca por uma certa incapacidade de resposta quando queremos impor uma condução verdadeiramente desportiva.
Por fim, o Swif Sport. Aproveitando o bloco de 1.6 litros com 106 CV utilizado no Grand Vitara, os responsáveis da marca introduziram algumas alterações específicas, como por exemplo um sistema de distribuição variável para as válvulas de admissão e de escape que permite trabalhar a rotações mais elevadas, de forma a aumentar a potência para os 125 CV. O resultado global é positivo (há apenas a notar uns consumos algo exagerados) e coloca-o numa posição intermédia face aos seus rivais.
Ao volante
Condução eficaz
Em carros que supostamente exigem bastante do condutor, é importante encontrar a correcta posição de condução. Embora os três só permitam a regulação do volante e do banco em altura, os bancos desportivos do Colt e do Swift proporcionam uma melhor postura ao volante.
Fazendo valer uma relação peso/potência baixa e uma suspensão dura, o Colt CZT revela-se extremamente ágil, não se notando em curva grande adornamento da carroçaria. Tudo é bastante previsível e fácil de controlar, muito à custa da impossibilidade de desligar o ESP. Um pouco diferente, mas igualmente eficaz, o Swift permite-nos usufruir da verdadeira sensação desportiva. Munido de um chassis bem delineado, este aborda as curvas com bastante à vontade e uma precisão assinalável. Já nas situações em que exageramos na velocidade e levantamos o pé do acelerador com o carro em apoio, a traseira revela algum nervosismo, mas podemos contar com as ajudas activas.
O Micra é um carro equilibrado que mantém sem problemas a trajectória em curva. Contudo, o amortecimento mais macio faz com que a suspensão trabalhe mais, penalizando mais a condução desportiva do que nos seus concorrentes.
Face aos bilhetes de identidade de cada um dos motores não é de admirar que tenha sido o Mitsubishi a registar as acelerações mais rápidas nas nossas medições. Porém, é preciso enaltecer o bom desempenho do Micra 160 SR nas recuperações, fruto de um escalonamento de caixa mais curto.
Inédito é encontrarmos num mesmo teste, três carros que apresentem uma travagem tão eficaz. Assim, enquanto o Colt precisou de apenas 44 metros para se imobilizar a partir dos 100 km/h, o Nissan e o Suzuki gastaram unicamente mais um metro.
Economia
Concorrência caseira
Com preços algo elevados, a principal concorrência destes modelos acaba por vir das versões diesel das respectivas gamas. Nesses casos a desportividade não é tão vincada, mas as contas dos consumos dão que pensar? Porém, se for um adepto da condução e não der importância a estes “pequenos” detalhes, saiba que o Micra 160 SR e o Swift Sport têm a melhor relação preço/equipamento. O Nissan tem os custos de manutenção mais baixos e é o mais comedido nos consumos. No sentido oposto aparecem o Swift, com planos de manutenção a cada 15 mil quilómetros e médias de consumo quase sempre superiores a nove litros, e o Colt, ligeiramente melhor em ambos os casos mas longe de ser brilhante. Como compensação, estes dois apresentam uma desvalorização inferior.
Conclusão turbo
Escolha emocional
A ditadura dos números não perdoa: o vencedor é o Colt CZT. Porém, esta vantagem acaba por ter algumas condicionantes. É verdade que é o que melhor interpreta o conceito de desportivo através do motor e do desempenho dinâmico, mas não podemos deixar de nutrir admiração pela imagem e gozo de condução proporcionados pelo Swift Sport. Só é pena que alguns elementos, principalmente no interior, não consigam acompanhar esta tendência. Por fim, o Micra 160 SR faz das boas características do modelo dito normal o factor de equilíbrio para uma alma desportiva demasiado discreta.
Texto:Miguel Rodrigues
Fotos:Adelino Gonçalves
Metrologia:Miguel Gomes
Preços:
Mitsubishi Colt CZT - 22.550 EUROS
Nissan Micra 160 SR - 21.865 euros
Suzuki Swift Sport - 21.600 euros
Fonte: Turbo Online
Mitsubishi Colt czt /Nissan Micra 160 sr/ Suzuki Swift sport
Pequenos por fora, mas cheios de alma por dentro, Colt CZT, Micra 160 SR e Swift Sport são verdadeiras vitaminas para a classe dos pequenos desportivos.
A chegada do Suzuki Swift Sport é um marco que não pode passar em claro. Em primeiro lugar, por uma questão histórica, já que no final da década de 80, princípios dos anos 90, o então Swift 1.3 GTI conseguiu um sucesso assinalável entre as camadas mais jovens. Em segundo, porque com este regresso a Suzuki dá um passo bem consistente na revitalização dos chamados pequenos desportivos. Um passo que, aliás, já tinha sido dado pela Mitsubishi com o Colt CZT e pela Nissan com o Micra 160 SR.
Apesar de estes três concorrentes procurarem atingir os mesmos objectivos, as armas e soluções que utilizam são diferentes. Enquanto o Micra e o Swift recorrem a motores de 1.6 litros atmosféricos com 110 e 125 CV de potência, respectivamente, que são complementados por outros atributos como a imagem, a habitabilidade ou o preço, no Colt a aposta recai numa unidade sobrealimentada de 1.5 litros com 150 CV, que lhe assegura uma maior vocação desportiva.
Apostando numa imagem agressiva, graças a elementos como a musculatura dos pára-choques, duas saídas de escape cromadas ou as jantes de 17 polegadas, o Swift é claramente aquele que melhor encarna o espírito desportivo.
O Colt revela o seu estilo através do pára-choques dianteiro com grelhas em rede e uns pneus de baixo perfil com jantes de 16 polegadas, enquanto o Micra (ainda mais discreto) resume a sua desportividade ao spoiler traseiro e à grelha dianteira. Seja como for, independentemente dos caminhos escolhidos pelos três, não são estas alterações que ditam a sua competência.
Carroçaria
Imagens sem excessos
Com estruturas de carroçaria reforçadas, o trio apresenta uma qualidade de construção muito aproximada, sem grandes lacunas de acabamentos ou de junções dos painéis. É claro que alguns materiais poderiam ser melhores, mas dado o segmento em causa, não se pode pedir mais.Cenário de igualdade verifica-se também no capítulo da segurança activa: ABS com EBD acompanhado pelos controlos de estabilidade e de tracção.
As dimensões compactas, embora valorizem o design de cada um, acabam por limitá-los tanto na habitabilidade como na capacidade da mala. Um factor que, apesar de ter uma importância relativa , acaba sempre por se tornar útil, principalmente no caso do Micra que é o único a apresentar um valor acima da média (251 litros).
Como compensação, estes dois últimos oferecem uma melhor acessibilidade.
Seguindo a tendência conservadora do exterior, o Micra 160 SR volta a defraudar as expectativas quanto a um interior desportivo – apenas os pedais em alumínio fazem a diferença. Por sua vez, nos habitáculos do Colt CZT e do Swift Sport, o ambiente “racing” é dado, para além dos pedais, por umas “bacquets” desportivas, bem mais envolventes que os quase normalíssimos bancos do Nissan.
Interior
Na senda do Micra
Embora seja o mais pequeno, o Micra detém o maior índice de habitabilidade, com 9234 pontos contra 9134 do Mitsubishi e 9114 do Suzuki. Já na funcionalidade é o Colt que se destaca, em boa parte pelo maior número de espaços para arrumação e devido à regulação longitudinal dos bancos traseiros (o Nissan também dispõe deste sistema), o que permite optar por mais espaço para as pernas dos ocupantes ou maior bagageira.
O Micra volta a marcar pontos na segurança passiva, agora em parceria com o Swift. Ambos têm de série os airbags frontais, laterais e de cortina, enquanto o Colt se fica apenas pelos dois primeiros.
O modelo da Nissan é também o mais confortável graças a uma melhor insonorização e a uma maior suavidade das molas e amortecedores, poupando os ocupantes um pouco mais às irregularidades da estrada.
Se quer emoções fortes, então não vale a pena procurar mais. O Colt é a solução.
Mecânica
A solução CZT
Desenvolvido a partir de um motor utilizado pela marca no Japão, o 1.5 Turbo com intercooler e 16V do CZT oferece 150 CV às 6000 rpm e um binário máximo de 210 Nm às 3500 rpm. Valores respeitáveis para um carro com pouco mais de mil quilos (a relação peso/potência é de 7,5 kg/CV) e que poderiam ser ainda mais substanciais se não estivessem agregados a uma caixa manual de cinco velocidades. Aliás, este é um mal comum aos três modelos, pois pensamos que em qualquer dos casos a adopção de uma caixa de seis velocidades traria outro sabor e rendimento.
O motor do Micra apresenta-se como o mais comedido na potência. Trata-se de um 1.6 litros 16V com 110 CV e um binário de 153 Nm disponível às 4400 rpm. Agradável de utilizar, peca por uma certa incapacidade de resposta quando queremos impor uma condução verdadeiramente desportiva.
Por fim, o Swif Sport. Aproveitando o bloco de 1.6 litros com 106 CV utilizado no Grand Vitara, os responsáveis da marca introduziram algumas alterações específicas, como por exemplo um sistema de distribuição variável para as válvulas de admissão e de escape que permite trabalhar a rotações mais elevadas, de forma a aumentar a potência para os 125 CV. O resultado global é positivo (há apenas a notar uns consumos algo exagerados) e coloca-o numa posição intermédia face aos seus rivais.
Ao volante
Condução eficaz
Em carros que supostamente exigem bastante do condutor, é importante encontrar a correcta posição de condução. Embora os três só permitam a regulação do volante e do banco em altura, os bancos desportivos do Colt e do Swift proporcionam uma melhor postura ao volante.
Fazendo valer uma relação peso/potência baixa e uma suspensão dura, o Colt CZT revela-se extremamente ágil, não se notando em curva grande adornamento da carroçaria. Tudo é bastante previsível e fácil de controlar, muito à custa da impossibilidade de desligar o ESP. Um pouco diferente, mas igualmente eficaz, o Swift permite-nos usufruir da verdadeira sensação desportiva. Munido de um chassis bem delineado, este aborda as curvas com bastante à vontade e uma precisão assinalável. Já nas situações em que exageramos na velocidade e levantamos o pé do acelerador com o carro em apoio, a traseira revela algum nervosismo, mas podemos contar com as ajudas activas.
O Micra é um carro equilibrado que mantém sem problemas a trajectória em curva. Contudo, o amortecimento mais macio faz com que a suspensão trabalhe mais, penalizando mais a condução desportiva do que nos seus concorrentes.
Face aos bilhetes de identidade de cada um dos motores não é de admirar que tenha sido o Mitsubishi a registar as acelerações mais rápidas nas nossas medições. Porém, é preciso enaltecer o bom desempenho do Micra 160 SR nas recuperações, fruto de um escalonamento de caixa mais curto.
Inédito é encontrarmos num mesmo teste, três carros que apresentem uma travagem tão eficaz. Assim, enquanto o Colt precisou de apenas 44 metros para se imobilizar a partir dos 100 km/h, o Nissan e o Suzuki gastaram unicamente mais um metro.
Economia
Concorrência caseira
Com preços algo elevados, a principal concorrência destes modelos acaba por vir das versões diesel das respectivas gamas. Nesses casos a desportividade não é tão vincada, mas as contas dos consumos dão que pensar? Porém, se for um adepto da condução e não der importância a estes “pequenos” detalhes, saiba que o Micra 160 SR e o Swift Sport têm a melhor relação preço/equipamento. O Nissan tem os custos de manutenção mais baixos e é o mais comedido nos consumos. No sentido oposto aparecem o Swift, com planos de manutenção a cada 15 mil quilómetros e médias de consumo quase sempre superiores a nove litros, e o Colt, ligeiramente melhor em ambos os casos mas longe de ser brilhante. Como compensação, estes dois apresentam uma desvalorização inferior.
Conclusão turbo
Escolha emocional
A ditadura dos números não perdoa: o vencedor é o Colt CZT. Porém, esta vantagem acaba por ter algumas condicionantes. É verdade que é o que melhor interpreta o conceito de desportivo através do motor e do desempenho dinâmico, mas não podemos deixar de nutrir admiração pela imagem e gozo de condução proporcionados pelo Swift Sport. Só é pena que alguns elementos, principalmente no interior, não consigam acompanhar esta tendência. Por fim, o Micra 160 SR faz das boas características do modelo dito normal o factor de equilíbrio para uma alma desportiva demasiado discreta.
Texto:Miguel Rodrigues
Fotos:Adelino Gonçalves
Metrologia:Miguel Gomes
Preços:
Mitsubishi Colt CZT - 22.550 EUROS
Nissan Micra 160 SR - 21.865 euros
Suzuki Swift Sport - 21.600 euros
Fonte: Turbo Online
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